Passou-se um ano
Passaram-se as horas
Viveram momentos
E continuaram andando
Na direção do amar
Cada segundo é especial
Complacência e solidariedade
Palavras trocadas ao entardecer
Os filhos pobres e miseráveis
Divina lealdade, um dragão alado
Encontram-se as melhores almas
Consomem-nos as labaredas
Dentro dos hospitais continuam as músicas
Salvando-nos das mazelas familiares
Não há fatos, mas interpretações
O quarto bagunçado, as roupas jogadas
Devido o cansaço do trabalho
Abaixo do sol do verão
O papelão esticado no chão
A mente estressada pela educação
A Hybris do Cáucaso, o excesso
Pois, não há aqui conformação
O fogo de Prometeu
Altas taxas de marginalização
Eles encontram-se nos condomínios
Um exército de pílulas
Restaurantes sofisticados
A coletividade sem um grão
Neuroses domésticas trocadas
No furor da paixão
O voto de pobreza
Zombado pelo espírito pequeno capitalizado
O que diria cristo disso?
Uma central de abastecimento
Os alimentos não comercializados
Corpos degradados misturam-se ao resto apodrecido
Carros carregados por assassinos sujos de sangue
Misturam-se aos inocentes
Escorpiões por entre as tábuas
A vontade presa nas cores de Almodóvar
As paredes pichadas pela necessidade de expressar
Com toda a opressão
Enxergamos nossas necessidades
Ensaiamos a cegueira
Como Sara e os magos da Idade Média
As trombetas soam sutilmente
Anunciando a chegada da paz
Ainda que você morra, viverá
O desafio de Deus nos trouxe
Um ao outro, agora, numa só verdade
Pensamos juntos, discutimos juntos
O discurso e o amor
Deitaremos na areia dos mares
E ditaremos a força das ondas
A direção dos Alísios...
Marlon Nunes
20
dez
2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário